Foto: acima: o anarquista e lider operario Ângelo Soave (trabalhadores exigiam a sua libertação); Abaixo: Armando Gomes um dos lideres da greve de 1917 protagonista do episodio ocorrido na Porteira do Capivara, e a principal liderança do movimento negro da época. O clima durante A Primeira Guerra Mundial agravava tremendamente a situação econômica dos trabalhadores Brasileiros, o proletário de todo o Pais vivia uma elevação sem precedentes dos artigos de primeira necessidade, a redução dos salários a um terço do valor real, aumento do aluguel e a falta de gêneros alimentícios. Além disto intensificava o trabalho infantil e o da mulher provocando a redução de salários. Entre as reivindicações estava o aumento de salários, proibição do trabalho de menores de quatorze anos, adoção da semana Inglesa, libertação dos grevistas presos, redução de preços nos gêneros de primeira necessidade, redução de 50% de alugueis. Onde os trabalhadores Anarquistas em Campinas exigiam a libertação de Ângelo Soave que estava detido na estação e seria transportado para prisão, em São Paulo. Naquele dia, os trabalhadores estavam em manifestação em frente à “Porteira do Capivara” (o nome vem do apelido do proprietario), a rua da porteira cruzava a linha férrea, próximo onde hoje fica ( o Viaduto Miguel Vicente Cury). Durante a mobilização os policiais abriram fogo contra os trabalhadores. O que resultou em 16 trabalhadores feridos, levados pelos companheiros às pressas para o hospital. Três operários morreram imediatamente Antonio Rodrigues Magotto, Pedro Alves e Tito de Carvalho foram sepultados no dia seguinte no cemitério da Saudade o ocorrido paralisou a cidade. Armando Gomes (um dos lideres da Greve de 1917) saiu ferido durante o enfrentamento na “Porteira do Capivara”, pensou em desistir da luta, mas nunca conseguiu, e voltou a ter problemas com a policia durante a greve geral de 1920. Ângelo Soave morreu sete anos depois vitima de uma infecção renal. Armando Gomes e seus companheiros eram constantemente perseguidos por terem tido atuação destacada durante a Greve Geral de 1917 em Campinas, que envolveu anarquistas assim como Associações Operarias e Órgãos Operários. Aderiram ao movimento não só ferroviários, como também metalúrgicos de empresas como Lidgerwood e a Companhia McHard. Tendo a frente do movimento os anarquistas. Embora a Greve Geral de 1917 em Campinas, não tenha tido a mesma extensão que a ocorrida em São Paulo, assustava os ideais e o discurso anarquista de não aceitação da propriedade privada, o desprezo e o não reconhecimento da autoridade policial e por fim o grande objetivo de acabar com o estado. A Greve Geral de 1917 foi uma manifestação contra o alto custo de vida e o trabalho de menores, além de difundir outras reinvindicações operarias. Através de Ligas Operarias de Bairros, centro de aglutinação de trabalhadores inspirados em organismos semelhantes que tinha nascido sobre o efeito sob o efeito da guerra em outros Paises.
Quem sou eu
- José Luís de Oliveira ( Zélus )
- Campinas / Brasil Afirmativo, São Paulo, Brazil
- O sangue do Negro Africano, Índio Brasileiro e dos Imigrantes Europeus, correm em minhas veias, Brasileiro sem dúvida nenhuma. Campineiro da gema, apaixonado por Campinas - (SP) sua história, arquitetura e povo. Nasci em 21 de Agosto de 1964, em uma família, de quatro gerações de ferroviários, homens que passaram suas vidas entre o ferro fundido dos trilhos, e o fogo das caldeiras. Iniciei minha vida no ramo da metalurgia, seguindo os passos dos homens de minha família. No chão de fábrica ... Não, demorou muito para que, tomasse consciência, da importância, da eterna luta de classes, em busca de melhores condições de vida e inclusão social. Hoje militante do movimento negro, costumo dizer, que não escolhi ser do movimento negro, o movimento é que me escolheu. Meu bisavô Armando Gomes fundou a Liga Humanitária em 28 de novembro de 1915. A luta do povo negro, é distinta, e não pode ser, refém de partidos, e interesses meramente pessoais. Jornalista e Artista Plástico, resolvi usar este espaço, para relatar, o dia a dia, do nosso povo, o brasileiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário