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Campinas / Brasil Afirmativo, São Paulo, Brazil
O sangue do Negro Africano, Índio Brasileiro e dos Imigrantes Europeus, correm em minhas veias, Brasileiro sem dúvida nenhuma. Campineiro da gema, apaixonado por Campinas - (SP) sua história, arquitetura e povo. Nasci em 21 de Agosto de 1964, em uma família, de quatro gerações de ferroviários, homens que passaram suas vidas entre o ferro fundido dos trilhos, e o fogo das caldeiras. Iniciei minha vida no ramo da metalurgia, seguindo os passos dos homens de minha família. No chão de fábrica ... Não, demorou muito para que, tomasse consciência, da importância, da eterna luta de classes, em busca de melhores condições de vida e inclusão social. Hoje militante do movimento negro, costumo dizer, que não escolhi ser do movimento negro, o movimento é que me escolheu. Meu bisavô Armando Gomes fundou a Liga Humanitária em 28 de novembro de 1915. A luta do povo negro, é distinta, e não pode ser, refém de partidos, e interesses meramente pessoais. Jornalista e Artista Plástico, resolvi usar este espaço, para relatar, o dia a dia, do nosso povo, o brasileiro.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

LISTA DE JORNAIS E INFORMATIVOS DA IMPRENSA NEGRA CAMPINEIRA / EM COMPARAÇÃO COM A IMPRENSA NEGRA BRASILEIRA EM MESMO PERIODO

1798 – Jornal Mural “Revolta dos Búzios” (BA)
1828 /1831 O Bahiano (BA) – Do Jurista Antonio Pereira Rebouças
1889 – A Pátria – Orgam dos Homens de Cor (SP)
1892 – O Exemplo – Porto Alegre
1899 – O Progresso - Orgam dos Homens de Cor (SP)
1833 - O Homem de Cor
1833 – O Mulato (RJ)
1833 – Brasileiro Pardo (RJ)
1833 - O Cabrito (RJ)
1833 – O Lafuente (RJ)
1903 – O Baluarte – Órgão Oficial do Centro Literário dos Homens de Cor – (Por Benedito Florêncio e Francisco José de Oliveira)
1910 - O Bandeirante - Campinas (SP) #
1910 - D' Bandeirante – Campinas (SP) #
1912 - O Combate – Campinas (SP) #
1912 - Luís Gama – Campinas (SP) #
1912 - A Juventude – Campinas (SP) #
1912 - O Discípulo – Campinas (SP)#
1912 - O Raio – Campinas (SP) #
1922 - A Protetora – Orgam da Associação Brasileira dos Pretos – Campinas (SP) #
1911 - A Pérola – Campinas (SP) #
1912 – Combate Campinas (SP) #
1914 – Princesa D Oeste – Campinas (SP) #
1916 – O Menelick – Campinas (SP) #
1916 – A Rua - Campinas (SP) #
1916 – O Xauter – Campinas (SP) #
1918 – O Alfinete
1917 – A União – ( União Cívica dos Homens de Cor, formada pelas seguintes entidades: Sociedade Dançante Familiar União da Juventude, Sociedade Recreativa Familiar Estrela do Norte e a Sociedade Dançante Familiar Estrela Celeste – Campinas (SP).
191? - União (Curitiba)
191? - A Raça (Órgão da Legião Negra de Uberlândia)
1919 – O Getulino, de Lino Guedes – Campinas (SP) #
1919 – A Liberdade
1920 – O Sentinela
1920 – A Evolução
192? – Patrocínio (Piracicaba)
1924 – O Elite – (Órgão Oficial do Grêmio Dramático)
Recreativo e Literário – Elite da Liberdade)
1924 - Kosmos
1928 – A Auriverde (SP)
1930 – Progresso (SP) – Lino Guedes
1924 – O Clarim – (Impulsionado pelo Centro Cívico Palmares)
1924 – O Clarim da Alvorada – (Influencias da Frente Negra Brasileira)
1925 - O Clarim D Alvorada – (Substituiu o termo Homem de Cor por
NEGRO)
1932 – Chibata (SP)
1935 – Tribuna Negra (SP)
1933 – A Voz da Raça - (Órgão Oficial da Frente Negra Brasileira)
1935 – A Raça
1933 – Brasil Novo
1935 – O Estimulo (São Carlos)
1946 - Senzala
1946 – O Novo Horizonte
1950 – Cruzada Cultural
1950 – Mundo Novo
1936 – Alvorada (Pelotas)
1945 – A Alvorada ( Órgão Oficial da Associação Negra Brasileira)
1954 – Correio D' Ébano – Campinas (SP) #
1956 – Mundo Novo
1958 – Mutirão
1961 – O Ébano
1969 – Jornal da Velha Guarda
1934 – Cultura
1946 – Senzala
1960 – Níger
19?? – O Hífen
1998 – Jornal da Questão Racial (SP)

Lista Histórica das Entidades Negras em Campinas (por Zélus)







1888 a 1890 – Sociedade Beneficente Luiz Gama (Educandário – Colégio)
1888 a 1920 – Flor da Mocidade
1888 a 1920 – Filhas de Averno
1890 – Sociedade 13 de Maio (Club 13 de Maio)
1895 – Violeta
1895 – Estrela do Oeste
1899 – Sociedade Beneficente Isabel Redentora
1901 – Sociedade Dançante Familiar União da Juventude
(União faz a Força, Juventude ou União)
1902 – Federação Paulista dos Homens de Cor
1906 – Associação Humanitária Operaria dos Homens de Cor
1909 – Centro Recreativo Dramático Familiar 13 de Maio
1910 a 1918 – Filhas do Progresso
1915 – Liga Humanitária dos Homens de Cor
1915 – Sociedade União Cívica dos Homens de Cor
1916 – Grêmio Recreativo Dançante Estrela Celeste
1916 – Estrela Recreativa Dançante Familiar Estrela do Norte
1916 – Clube Recreativo 28 de Setembro
1917 – Grêmio Recreativo Dançante Familiar José do Patrocínio
1917 – Liga Protetora dos Homens de Cor
1918 – Alliados
1918 – Liga Brasileira dos Pretos
1919 – Grêmio Dramático Luiz Gama
1919 – Excêntricos (Carnavalesco)
1920 – Sociedade Dançante Familiar Camisa Verde
1920 – Desprezados - Clube
1922 – Sociedade Dançante Familiar 15 de Novembro
1923 – Sociedade José do Patrocínio Baile Recreativo
1926 – O Centro Cívico Palmares
1936 – Frente Negra Brasileira
1931 – Sociedade Dançante Cravo Vermelho
1933 – Corporação Musical Campineira dos Homens de Cor
( Banda dos Homens de Cor)
1945 – Clube Cultural Recreativo Campinas
( Machadinho)
2002 – Museu do Negro de Campinas

domingo, 19 de outubro de 2008

Raul Joviano do Amaral


Raul Joviano do Amaral nasceu em Campinas (SP), em 12 de novembro de 1914. Faleceu em 5 de setembro de 1988.Fez estudos primários na Escola 7 de setembro e no Grupo Escolar São Joaquim; cursou o Ginásio do Estado e o GinásioDiocesano, bacharelando-se em Direito em 1937 pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil (RJ).Freqüentou ainda cursos de Sociologia, Economia e Estatística. Iniciou-se no jornalismo em 1933, sendo redator de São PauloJornal. Com Menotti Del Picchia, Rubens de Amaral e Hermes Vieira, participou da IBR e com Salatiel de Campos, da EJIG. Fundou e dirigiua Voz da Raça, 1933, e Alvorada, 1945. Colaborou em vários jornais e revistas de São Paulo e do Brasil. Foi presidente do Conselho da Uniãodos Servidores Públicos, consultor jurídico da Associação José do Patrocínio, da Liga Eleitoral dos Servidores Públicos, do Centro Cultural LuizGama, da Comissão de Serviço Civil do Estado de São Paulo.Publicou numerosos artigos estudando a situação do negro no Brasil e fez muitas conferências em entidades e associações culturaisinteressadas na questão. Foi ensaísta, sociólogo, poeta, historiador, advogado e estatístico-economista.Bibliografia: Silêncio (poesia, 1935); Vozes e Lamentos (versos, 1938); Tradições Populares (Folclore Paulista, Tobias Barreto e aEscola Germânica, 1939); Crimes e Contravenções, 1940; O Negro na População de São Paulo, 1947; Direito Penal do Futuro, 1955; Estudos de Sociologia Jurídica, 1960; A Estatística no Estudo da Criminalidade,1964; Símbolos Nacionais do Brasil, 1967; Os Pretos do Rosário de São Paulo, 1980.Raul Joviano do Amaral começou sua jornada em prol da causa negra em 1927. Tendo sempre presente a elevação do negro nocenário nacional, foi diretor e fundador de dois jornais que traduzem importantes momentos da Imprensa Negra Paulista: o jornalA voz da Raça(1933), órgão oficial da frente Negra Brasileira, e o jornal Alvorada (1945), órgão oficial da Associação do Negro Brasileiro, que fundou comFernando Góes e José Correia Leite.Suas atividades não ficaram restritas à imprensa. Foi também importante membro da Irmandade de Nossa Senhora dos HomensPretos de São Paulo. Raul Joviano Amaral deixou gravada em programa da TV Cultura, em 1984, uma mensagem que traduz firmemente seusideais: "Nós, da velha militância, estamos transferindo à mocidade inteligente, culta, laboriosa de hoje, o lábaro que a imprensa negra elevou bemalto. Mas não só a imprensa negra, a imprensa branca também precisa colaborar porquê, se nós procuramos a confraternização em termos derespeito, de compreensão, de amor, não só o negro precisa trabalhar em favor dessa compreensão, mas a sociedade brasileira precisa terpresente que o negro na atualidade, como anteriormente, sempre se esforçou para conquistar o seu espaço; sempre lhe foi negada essaoportunidade e agora o negro, mais adiantado, mais evoluído, mais coerente, mais consciente das suas necessidades, pode, deve, sempaternalismo, sem tutela, alcançar esse lugar, conquistando-o".fonte: